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Mineralogia



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Extraindo e utilizando Minerais

O conjunto de operações que são realizadas visando à retirada do minério a partir do depósito mineral denomina-se lavra. O depósito mineral em lavra é denominado mina, e esta designação continua sendo aplicada mesmo que a extração tenha sido suspensa. A lavra pode ser executada de modo bastante simples, por meio de atividades manuais, ou até por meios altamente mecanizados e em larga escala, como ocorre nas grandes minerações.
O garimpo também constitui uma jazida mineral em lavra e para a extração de suas substancias úteis não foram realizados estudos prévios da jazida. Costumeiramente, os métodos extrativos utilizados são rudimentares. Apesar disso, os garimpos podem responder por uma parcela significativa de produção de certos bens minerais, tais como esmeralda, topázio, minerais litiníferos, diamante, ouro e cassiterita.
Sendo o depósito mineral um produto natural, o ser humano não decide sobre suas características, pode apenas aceita-las. Em decorrência dessa situação, a obtenção de substâncias a partir de um depósito mineral depende de vários fatores que incluem desde suas feições intrínsecas até os preços e modos de aplicação de suas substâncias úteis. A análise desses fatores é que indicará se a substância mineralizada pode ser lavrada e gerar produtos comercias economicamente rentáveis. Assim, a quantidade da substância útil deve ser expressiva o bastante para garantir a lavra e suprimento adequado a longo prazo, assim como o teor da substância útil deve proporcionar uma extração lucrativa.
Além disso, a composição química, as feições mineralógicas e as características físicas do minério devem ser favoráveis às aplicações antevistas para a sociedade.
Para muitos bens minerais, notadamente aqueles de baixo valor unitário (usualmente não metálicos), a localização geográfica do recurso constitui um parâmetro crítico à vista de sua lavra.
A irregularidade na distribuição geográfica dos recursos minerais, seja em regiões inóspitas, climaticamente agressivas ou deficientes em água e energia elétrica, constitui um fator limitante para a extração de muitos minérios ou, mesmo antes, para sua descoberta. Da mesma forma, a instalação das atividades de lavra ou o custo de transporte da substância útil, entre outras implicações, pode ser crítica para viabilizar a lavra de um recurso mineral distante dos centros industriais ou de consumo.
Ao mesmo tempo, fatores técnicos e econômicos devem ser considerados quanto ao aproveitamento de um recurso mineral.
Designa-se minério bruto o minério tal como ocorre na natureza, porém, desmontado, deslocado, por uma operação qualquer de lavra. Na maioria dos casos, o minério bruto não se encontra suficientemente puro ou adequado para que seja submetido a processos metalúrgicos ou para sua utilização industrial. Assim, após a lavra, os minérios são submetidos a um conjunto de processos industriais, denominado tratamento/beneficiamento, que os torna aptos para a utilização.
O tratamento divide o minério bruto em duas frações: concentrado e rejeitado. O concentrado é o produto em que a substancia útil está com teor mais elevado ou as qualidades tecnológicas do minério estão aprimoradas. O rejeito é a fração constituída quase que exclusivamente pelos minerais de ganga e usualmente é descartado.
Certos minérios de ouro, metais básicos, urânio, platina, fosfato, grafita e tantalita, em virtude de particular composição mineral ou baixos teores, exigem métodos de tratamento mais sofisticados, ás vezes de alto custo, tais como químicos e elétricos, para preparar a substância útil com vista a sua utilização industrial.
Os usos e aplicações das substâncias minerais permitem avaliar sua importância para a humanidade e, ao mesmo tempo, constituem um critério para classifica-las. A classificação utilitária é uma proposta clássica de sistematização das substâncias minerais úteis, fundamentada nas suas aplicações.
Os metais ferrosos distinguem-se dos metais não-ferrosos por sua utilização essencial na indústria do aço e na fabricação das demais ferroligas. As classes dos não-metálicos são definidas notadamente em função do uso da substancia mineral. Alguns minerais são colocados em mais de uma classe em virtude de terem duas ou mais utilizações distintas, como cromita metalúrgica e cromita refratária ou diamante industrial e diamante como pedra preciosa. As qualificações para as diferentes aplicações de uma substância mineral podem ser impostas pelas características naturais do minério ou elaboradas por métodos próprios de tratamento.